06 dezembro 2007

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vitelli

 

Nova Logo Vale

Por conta da semelhança da nova logomarca da Vale com o símbolo da Vitelli, uma empresa de calçados do interior de São Paulo que diz possuir pedido de registro no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), esta anuncia que tomará medidas legais.

Leia comunicado abaixo na íntegra:

"Como já é de conhecimento de todos, desde ontem os principais veículos de comunicação do país informaram sobre a semelhança da identidade visual entre as logomarcas da empresa de calçados Vitelli, situada na cidade de Franca, em São Paulo e da Vale, nova identidade da Companhia Vale do Rio Doce.  

A Vilage Marcas e Patentes vem, por meio deste comunicado em nome da Vitelli, informar que tomará as devidas providências no âmbito judicial em relação à semelhança das logomarcas.

Informamos ainda que a Vitelli possui o pedido de registro sob número 825.079.721, referente à marca VITELLI, na forma mista, acompanhada da logomarca em questão, requerida junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 04 de dezembro de 2002.  

Além disso, a Vitelli reveste-se das garantias legais sobre a logomarca, asseguradas pelo Direito de Autor (Lei nº 9.610/98), independentemente de registro.
Sendo assim, mesmo as duas empresas atuando em ramos diferentes, a identidade visual do logo da Vitelli tem seus direitos protegidos anteriormente."

8 comentários:

  1. A propósito, quem criou a nova marca da Vale?

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  2. Sei que foi uma empresa Norte-Americana. Mas não custava nada consultar o INPI - é tão barato e rápido.

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  3. 50 milhões de dólares por 40 anos de trabalho de branding

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  4. POR UM POUCO DE INTELIGÊNCIA

    Profissional da área de marcas desde os anos 80, não posso me furtar a uma opinião:

    Um anônimo? Ele criou uma marca numa cidade do interior paulista para uma pequena empresa de calçados. Ele(a), ou eles(as), deve(m) ter gostado da sua obra. Mas ninguém jamais sonhou que ela ganharia tanta notoriedade. A marca é tosca, rústica, mal proporcionada. Mas está referendada por um produto nobre como a marca da Vale.

    O que isto demonstra? Que existe muito talento escondido no Brasil! Volto a falar disso no final.

    A marca da Vale, convenhamos, é uma beleza em termos de design: é suave e, ao mesmo tempo, vibrante e inspira novidade. Já entraram no site da Cauduro-Martino, ou da Lippincott-Mercer? Essas empresas simplesmente criaram algumas das mais importantes marcas históricas do país (Banespa, Natura, Lojas Riachuelo, MRN, só para citar alguns exemplos), e do mundo. Têm background de sobra.

    Seus profissionais estão entre os melhores do mercado mundial. O mundo do design deve muito a eles.

    A Lippincott-Mercer é uma das escolas de branding mundial da atualidade. Muitos designers de diversas partes do mundo gostariam de trabalhar lá.

    O design brasileiro deve muito ao corajoso, valente, batalhador e persistente arquiteto e urbanista brasileiro João Carlos Cauduro - um dos homens que revolucionaram o design de marcas nas décadas de 70 e 80. Basta dizer que ele é doutor em arquitetura pela FAU. Muitos designers não teriam emprego hoje se não fosse por pioneiros como o João. O trabalho dele merece respeito. Apenas isso: respeito.

    Eles têm ciência suficiente para demonstrar a qualquer designer, de qualquer lugar do mundo, a qualidade da marca que produziram com os americanos, a despeito do que muitos "entendidos" querem forçadamente fazer crer (que ela é tecnicamente ruim, pouco criativa etc). Deixem a dor de cotovelo de lado. No fundo, todos nós gostaríamos de ter ganho essa concorrência.

    Não se trata de gostar ou não gostar. De achar que está bom ou ruim. Isto é primário!

    É preciso entender que não se pode alegar que uma marca seja boa ou ruim (sim, existem as péssimas, mas estas eu as excluo), sem que se avalie qual é o núcleo de posicionamento e os atributos dessa marca.

    Esses statements são a ponte entre as manifestações estratégicas do negócio e a iconografia da marca.
    Não são coisas distintas: são uma só coisa representada em dimensões distintas. Por isso, não se pode avaliar a qualidade de uma marca, sem antes se dar ao trabalho de pesquisar minimamente o universo da marca.

    Não se pode comparar uma importante e vencedora marca do mercado financeiro, com uma empresa regional de calçados (sem nenhum demérito!) e uma corporação global do setor minerário. Simplesmente porque as marcas não são comparáveis entre si, não querem e não devem transmitir a mesma coisa para os mesmos targets.

    Não se comparam marcas, como não se comparam pessoas. As duas coisas são gafes feias e denunciam ou a ignorância, ou o preconceito. Marcas têm valor intrínseco.

    Marcas mundiais, todas elas, sem exceção, tiveram comparações em diversas partes do mundo, com outras marcas - normalmente de empresas pequenas que já funcionavam havia algum tempo. Mas há casos realmente espantosos de marcas em um mesmo setor que se assemelham grandemente. A história do design mundial está repleto de casos como estes.

    Poucos designers conseguem entender isso, mas duas marcas tão estudadas, tão conhecidas, e aparentemente tão distintas como a Pepsi e a Coca-Cola, guardam requintes técnicos de design absolutamente idênticos. Imperceptível? Sim, para quem não tem profundidade técnica de conhecimento e não imagina o quanto de ciência há por trás do design, onde o velho ditado: "Nos detalhes reside toda a diferença", alcança sua máxima expressão.

    Profissionais sérios e competentes como os da Cauduro-Martino e Lippincott-Mercer, profissionais do naipe dos profissionais da Vale jamais se entregariam ao ridículo do plágio. Por uma razão muito simples: não precisam.

    Entrem no site da Vale, conheçam a proposta da empresa e, depois, analisem o que a iconografia da marca expressa. Na minha avaliação há coerência. Posso não gostar desse ou daquele detalhe. No fundo a gente acha que sempre faria melhor... Mas devo ser honesto: está coerente. E boa, muito boa mesmo.

    Vamos e venhamos: a Vitelli deu uma sorte inacreditável. Vai vender sapatos como nunca, neste final de ano. A Vale, bem ... acredito que para uma empresa desse porte, acostumada a lidar com questões mundiais, isto não deva ser um grande problema.

    Esses executivos de empresas como Petrobrás, Gerdau, Bradesco, Real, Vale etc, normalmente, têm muito mais coisas para fazer. Nas mãos de executivos como esses repousam decisões que podem definir milhares de empregos e alguns bilhões a mais ou a menos na balança comercial brasileira. Outra coisa: graças a essas grandes organizações nacionais, a educação, a saúde e o desenvolvimento regional ainda não faliram definitivamente no país.

    É preciso saber respeitar as instituições privadas, algo sem muito referencial no Brasil. Devemos ser implacáveis com organizações lesivas de qualquer modo à sociedade. Mas o que é de um país sem empresas fortes?

    O lançamento da primeira marca global do Brasil é algo para entrar nos anais do design brasileiro. Uma empresa de U$ 170 bilhões, com 100 mil empregados que se afirma "brasileira" diante do mundo todo não sabe o que está fazendo? (A marca alcançou em menos de uma semana após o lançamento, segundo a Interbrand,
    o sétimo lugar em valoração no Brasil: R$ 2,8 bilhões.

    Segundo os jornais divulgaram, será um investimento de US$ 50 milhões em quatro anos. E a marca já Vale R$ 2,8 bilhões (US$ 1,5 bi), em uma semana. Não acho que a Vale tenha feito um mal negócio, concordam?

    Por que ao invés de propagarem a ignorância e a necessidade de dizer que se sabe alguma coisa, alguém não propõe algo verdadeiramente honesto e efetivo?

    Exemplo bobo, simples: porque a Vitelli e a Vale não descobrem os criadores e patrocinam um bom curso de design para eles? Há talento visível no trabalho da Vitelli. Mas há muita técnica a ser aprimorada ainda. O design ainda é pesado, maçante, sem a menor condição de comparar-se às sutilezas muito bem sacadas da marca da Vale. Mas daí pode sair um novo João Cauduro.

    Por que os jornalistas e blogueiros não vão atrás desse personagem? Sabe o que pode sair daí? Uma história muito bonita. Agrega muito mais do que essa discussão enfadonha e desinformada que denuncia o quanto temos de caminhar no ramo do design no Brasil.

    C.A.S. - S. Paulo.

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  5. E quem me garante que a vittelli não chupou essa marca tb?

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  6. Essa marca da Vale não tem nada de suave. Lembra uma casquinha de sorvete. Fora que, a chupada - sem trocadilhos - também não foi nada suave, seja na cor do Banco Real ou na logo da loja de calçados.

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  7. como chupada lorena? vc acha mesmo que os designers da marca da vale se dariam esse trabalho? que ingenuidade.

    o que acontece é a coincidência de idéias. coisa mais comum do mundo desde que ele é um mundo, afinal nós somos seres iguais, com tamanho de cerébro igual e um processo físico de raciocínio muito parecido, tanto que inventamos a roda, descobrimos o fogo, a agricultura e desenvolvemos os idiomas mais ou menos ao mesmo tempo e em diversas partes do planeta sem comunicação entre si.

    será que é muito difícil duas empresas iniciadas com a letra V chegarem a uma solução de design como essa? será que é uma grande dificuldade, uma empresa como a vale, que vende fortemente seu conceite de empresa brasileira, utilizar o verde e o amarelo como cores da sua marca?

    zoar os caras pela infeliz coincidência é divertido, mas é só isso mesmo: zoação. achar qualquer coisa além disso é achar demais.

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Lembre-se que esse blog não é um ringue de boxe ou um octágono para que rolem as porradas.