12 março 2006

Casados são mais felizes do que solteiros nos EUA


Segundo uma pesquisa do centro Pew sobre o conceito de felicidade dos americanos, os casados são mais felizes que os solteiros, assim como os ricos estão mais satisfeitos que os pobres. O ditado popular segundo o qual o dinheiro não traz felicidade não é correto, pelo menos para os que participaram de uma pesquisa elaborada pelo Centro de Pesquisa Pew, que indica que metade dos entrevistados com renda familiar superior a US$ 100 mil anuais se considera "muito felizes".
Enquanto isso, apenas 24% dos indivíduos com renda inferior a 30.000 dólares por ano estão satisfeitos. Em um país onde a felicidade é considerada um direito, e como tal está na Declaração da Independência, este conceito é constantemente analisado. Entretanto, este estudo tem resultados peculiares.
Por exemplo, a pesquisa joga por terra a idéia, até agora muito difundida, de que as pessoas que têm animais de estimação têm maior satisfação pessoal do que aquelas que não têm mascotes. Não há relação entre os dois fatores, como também não há entre a felicidade e o fato de ter ou não crianças, ou estar trabalhando ou aposentado.
Porém, os pesquisados afirmam que o fato de estar solteiro, namorando ou casado faz diferença na hora de determinar o grau de satisfação pessoal, já que os que têm companhia afirmam que estão mais felizes. Da mesma maneira, os partidários do Partido Republicano se sentem melhor do que os do Partido Democrata, e os que vivem no campo se declaram mais felizes que os habitantes das cidades.
A raça também tem um papel importante nesta análise americana, já que 36% dos brancos e 34% dos hispânicos se declaram "muito felizes", enquanto entre os negros apenas 28% das pessoas se declaram felizes. O sexo não é um fator de diferenciação marcante, ao contrário da idade, pois as pessoas com mais de 65 anos afirmam ter maior felicidade que os jovens de 18 a 29 anos.
Entretanto, a própria pesquisa fala de suas limitações: boa parte das entrevistas sobre o assunto sugere que a felicidade do indivíduo é influenciada pelos eventos vitais (como morte de um familiar e sucesso profissional), assim como por atributos pessoais (como otimismo, capacidade de amar e falta de auto-estima).
A análise não considera as circunstâncias da vida dos participantes nem seus atributos psicológicos, mas se limita a estudar a percepção de felicidade em relação a dados puramente demográficos. No total, 84% dos americanos afirmam ser "bastante" ou "muito felizes", valor que na opinião de alguns é enganoso.
"Não são muitas as pessoas que estão dispostas a admitir que são infelizes ou fracassadas", declarou Darrin McMahon, autor de um livro sobre o tema e professor da Universidade Estatal da Flórida, ao jornal Washington Post.
Além disso, é necessário considerar que o trabalho, que considera tantos fatores, deixa o principal sem resposta: o que é a felicidade, afinal de contas? Para a atriz sueca Ingrid Bergman, "a felicidade é ter uma saúde e má memória". Enquanto isso, outros preferem seguir o conselho do cantor Bobby McFerrin: "Don't worry. Be Happy" (Não se preocupe.
Seja feliz).

Fonte: Terra

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