São Paulo - Os advogados do apresentador Antonio Augusto Moraes Liberato, o Gugu, concordaram em pagar R$ 750 mil para encerrar um processo civil na Justiça de São Paulo pela divulgação de uma entrevista montada com atores que se passavam por integrantes da facção criminosa PCC - Primeiro Comando da Capital. Na falsa entrevista, os atores faziam uma série de ameaças contra figuras públicas, como apresentadores de programas policiais e ativistas de direitos humanos, segundo informa o site da revista Consultor Jurídico. Na ação proposta pela promotora Deborah Pierri, ela pedia indenização por dano moral difuso por prática comercial abusiva. Ela alega que o apresentador tinha conhecimento do conteúdo do programa antes mesmo de ser veiculado e com omissão dolosa não tomou qualquer iniciativa para poupar seus telespectadores. "Na verdade, desrespeitando os valores mínimos de ética e solidariedade, autorizou a transmissão da farsa", dizia o texto da inicial. O apresentador aceitou doar R$ 750 mil a instituições de caridade que serão indicadas pelo Ministério Público Estadual, divididos em 12 parcelas. Até o final da semana, a Promotoria vai decidir quais entidades receberão o dinheiro. O acordo não encerra outras ações sobre a falsa entrevista. O apresentador responde pelos crimes de ameaça - artigo 147 do Código Penal - e divulgação de notícia falsa na 2ª Vara Criminal de Osasco, na Grande São Paulo. A pena para cada um desses crimes é de um a seis meses de detenção e multa variável de cinco a dez salários mínimos. O repórter Wagner Maffezoli, o produtor Rogério Casagrande, os atores Vagner Faustino e Antonio Rodrigues da Silva e Amilton Santos, o Barney - que teria "arranjado" a farsa - também foram indiciados.
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