O promotor de justiça cearense Walter Filho expõe os relatos oficiais da Justiça italiana, o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal Cezar Peluzo e pesquisas pessoais iniciadas em 2008 em livro que lança no próximo dia 30 de setembro na livraria Saraiva: *O Caso Cesare Battisti – A Palavra da Corte *(Editora Imprece, 2011).
A fim de melhor examinar os processos criminais contra o italiano, Walter esteve em Milão no ano de 2009, e mostra o que a Justiça da Itália prova sobre os homicídios de Antonio Santoro, Pierluigi Torregiani, Lino Sabbadin e Andrea Campagna, nos quais Battisti esteve envolvido e foi devidamente sentenciado, além de ter sido responsabilizado, por ter participado, dos ferimentos graves causados nos médicos Giorgio Rossanigo e Diego Fava, e ainda pelo atentado contra o agente de polícia Arturo Nigro, além de outros delitos menores. Por estes crimes, Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua, com isolamento diurno por um prazo de seis meses.
Longe de ideologia política, Walter Filho sustenta que as autoridades brasileiras ignoraram as decisões judiciais de uma República democrática. “O livro de Walter Filho não é um libelo de acusação ou de condenação nem um documento de confronto com os donos do poder político de plantão. É, antes, uma radiografia e uma análise muito cuidadosa dos processos nos quais Cesare Battisti foi condenado pela prática de crimes de homicídio”, diz o procurador do Estado Dimas Macedo, mestre em direito e professor da Universidade Federal do Ceará.
“Meu trabalho visa desmontar as inverdades colocadas em prol de Battisti aqui no Brasil, e o faço sob as lentes de promotor de Justiça e defensor do Estado Democrático”, destaca Walter Filho.
O livro tem 269 páginas, sendo 205 escritas pelo autor. As demais contêm páginas das sentenças italianas, voto do relator Cezar Peluso e outros documentos.
Esta semana o Dr. Walter recebeu o Prêmio Atreju do Ministério da Juventude da Itália. Na foto abaixo, a Ministra da Juventude da Itália - Giorgia Meloni com Dr. Walter Filho e Alberto Torregiani, este ficou paraplégico durante o atentado em que a vítima fatal foi seu pai Pierluigi Torregiani, assassinado pelo Grupo PAC.