Manifesto da Utas - A Teoria
"A primeira é considerada uma das profissões mais antigas da história da humanidade. A segunda é uma ofensa, uma maneira errada de se colocar, de se posicionar e de agir. Só por aí a diferença já dá as caras.
De um lado temos um profissional. Do outro, temos um erro. Um grave erro que pode destruir nosso mercado. Transformá-lo numa orgia onde se está fodido e mal pago – quando pago.
As prostitutas são profissionais do prazer. Trabalham duro para que o cliente saia, e entre, satisfeito.
As putas são sacanas. E não estamos falando de sacanagem gostosa. O caso é de falta de caráter, traição pesada. Que fique claro: as prostitutas e putas estão no feminino e no plural, mas representam toda a classe.
Do autônomo ao grupo multinacional.
Da recém-nascida à boa e velha agência.
Não se ofenda se você é de uma agência que cobra pela criação, mas acha de péssimo gosto a palavra prostituta. Ainda mais se beija o cliente na boca para satisfazê-lo. Pedimos desculpa. Você merece nosso respeito: cobra pela criação. E isso é o mais importante para nós.
Somos uma agência de criação. Está no nosso discurso. Está no nosso site. Está no nosso dia-a-dia. Criação é nossa bandeira. Criação é o que faz toda a diferença. Departamento de criação? Não. Agência de criação. Criação de planejamento. Criação de texto. Criação de imagem. Criação de idéias. Criação de soluções. A criação não é exclusividade de um departamento. A criação é exclusividade de agências sérias, responsáveis, preocupadas com que o negócio cresça.
Não entendemos como uma agência de propaganda pode ser remunerada apenas pela veiculação. E, na maioria das vezes, veiculações óbvias.
A lógica só pode ser uma: colocar a peça no veículo de maior circulação, de maior audiência. Mas vamos manter a lógica: se a criação não é cobrada, a peça deve estar branca, alva, vazia como uma cabeça de porongo. Se você é de uma agência que não cobra pela criação, mas acha de péssimo gosto a palavra puta, não se ofenda. Não se ofenda. Na verdade, essa empresa está infectando o mercado e é filha da puta."
Independete de qualquer coisa, este anúncio corajoso e impactante abre uma discussão necessária sobre o papel das agências de propaganda e a questão da remuneração do nosso trabalho. É realmente necessário agir para que o anunciante/cliente perceba valor em nossa atividade. Não podemos nos tornar meros vendedores de espaços em veículos de comunicação, temos que banir de vez essa idéia de agenciadores de mídia. Temos que trabalhar, estudar, pesquisar, investir, transpirar e nos inspirar para sermos percebidos como vendedores de inteligencia, de criação, de idéias. os anunciantes precisam ter necessedidade de nossas consultoria criativa tanto para mídia, como para criação, como planejamento, produção, estratégias, serviços que os ajudem a consquistar corações, mentes e bolsos.
ResponderExcluirGlauco Lima
O texto desse anúncio é fantástico. A campanha idem. O site da agência é bem feitinho. Mas eu queria mesmo é que nossos clientes paraenses vissem e entendessem isso tudo. Ou não. Queria mesmo é que donos de agência, que dão a criação como brinde a seus clientes, lessem esse anúncio com atenção redobrada e dessem mais valor ao trabalho de seus funcionários, ao tempo que levou para construir sua própria marca e à profissão que garante a comida na geladeira. E não apenas se jogar no meio das prostitutas.
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