14 julho 2011

Sedução Já!

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O fato da maioria de nossas empresas e marcas serem do setor de varejo e da prestação de serviços não pode nos impedir de construir conceitos, estilos e personalidades com a nossa comunicação. As pessoas que vivem no Pará e na Região Norte do Brasil, embora distantes dos grandes centros econômicos, também pensam, imaginam, também querem ser reconhecidas, são vaidosas, competitivas, querem encantar e ser encantadas.

Essas pessoas daqui como as de lá, também querem o sonho, a possibilidade, querem ser seduzidas, querem alguém que mostre as tendências, que antecipe caminhos, que estimule os seus desejos e o ânimo para continuar lutando no trabalho, pela família, por um mundo mais gostoso de viver. E só quem faz este trabalho é a propaganda. A propaganda cria essa alma que diferencia a organização, que destaca seus atributos mais especiais, que a identifica com as pessoas e a coloca no universo de interesses mais humanos.

As pessoas nunca vão dizer isso, mas as pessoas querem propaganda, querem conversar, querem ser vistas. Não querem apenas ser tratadas como máquinas registradoras, como consumidores de prestação, para quem só se informa friamente os preços, os planos de pagamento e o endereço. As pessoas querem o brilho da luz, as cores, o senso de humor, a sedução do belo texto, a delícia da trilha sonora, os brilhos, os tipos de letra diferentes, o inusitado, a conversa no pé do ouvido, a intimidade com suas aspirações, querem idéias.

É evidente que estas constatações não vão aparecer claramente em pesquisas de opinião, nem rigorosos e matemáticos planos de marketing. Essas ferramentas servem apenas para balizar e orientar os investimentos. A propaganda que fala, que toca, que comove, que faz brilhar o olho, está na vida, nos almoços em família, nos bares, nos sucessos do rádio, no futebol, na sala de aula, no dia a dia das cidades e da vida no campo. A propaganda adéqua linguagens e coloca a marca, a compra, o negócio, no universo real das pessoas.

A velha e desgastada frase que diz que “propaganda não é gasto, é investimento” é a pura verdade. As grandes e bem sucedidas marcas que anunciam com a alma estão aí pra confirmar. Mas isso só vale quando a propaganda é feita com técnica, profissionalismo, feita por gente experiente, sensível, gente que percebe que propaganda é uma mistura habilidosa de negócio com arte e de arte com negócio. Propaganda é mais importante que instalações, que maquinários, que frota de veículos, é o item mais importante nos custos de uma empresa, seja ela qual for. Propaganda  só não é mais importante que o produto. Pois sem produto de qualidade e com uma verdade emocionante pra dizer, é impossível ter propaganda de verdade. Sem “o que dizer” não existe “como dizer”. E não tem como seduzir.

*Publicado originalmente no site da Madre Comunicadores - http://www.ideiasmadre.com.br