Está lá no “Duailibi das Citações”, o livro de frases do publicitário Roberto Duailibi: “chato é alguém que, quando lhe perguntam como vai, ele explica”. E é sobre esse cara que eu quero falar: o chato detalhista.
Bem-aventurados os que têm chatos em sua agência. Mais precisamente, na criação. Eles são figuras fundamentais para um trabalho sair muito bom. Pois o chato é um inconformado de natureza, o que é uma qualidade quando se quer ter sempre um alto nível de trabalho. O chato revê o que faz, acompanha tudo, refaz ou manda refazer. E, é claro, não recebe os convites pro churrasco da agência no fim de semana. Mas é por causa desse ser rejeitado, que não se sabe se nasceu de chocadeira, pois nem a mãe o agüentaria, é que as agências se diferenciam e comemoram resultados.
No caso específico do chato-criação ele é o cara que luta pelo inusitado, pelo diferente e pela alta qualidade estética do trabalho. Porque chato é ver mesmice e propaganda feia na mídia. É uma ironia, mas o chato evita que se chateie justamente a figura mais importante para a publicidade: o consumidor. Esse sim não admite o chato. E pra que admitir? Ele passa o dia num emprego chato, com um chefe chato, fazendo coisas chatas e quando volta pra casa, muitas vezes para uma vida doméstica também chata, tudo o que esse cidadão quer é ligar a TV ou ler sua revista preferida e não ver chatice. É pedir muito?
Olha, conselho de amigo (e conselho já outra coisa bem chata): para crescer nessa profissão, seja chato. Não seja o cara bacaninha que quer agradar a todos e ficar bem com todo mundo. Não seja o cara que diz que tudo está bom só para evitar o embate e ganhar sempre o melhor presente no amigo-secreto. Pois o sujeito, seja ele seu dupla de criação ou um fornecedor, que não entende que as chatices que você fala são também para melhorar o trabalho dele e fazer você dois progredirem é um idiota. E não é seu parceiro.
Essa coisa toda sobre ser chato não serve só para o criativo. É preciso ter também o atendimento chato (ok, foi uma redundância...). Mas chato, não no sentido de encher o saco da criação, mas de mostrar ao cliente o quanto é importante sempre fazer um trabalho diferenciado e cuidadoso com produção. Pois pior do que tudo isso é quando um cliente vai embora, porque outra agência o encantou mais. Isso sim é muito chato.
No caso específico do chato-criação ele é o cara que luta pelo inusitado, pelo diferente e pela alta qualidade estética do trabalho. Porque chato é ver mesmice e propaganda feia na mídia. É uma ironia, mas o chato evita que se chateie justamente a figura mais importante para a publicidade: o consumidor. Esse sim não admite o chato. E pra que admitir? Ele passa o dia num emprego chato, com um chefe chato, fazendo coisas chatas e quando volta pra casa, muitas vezes para uma vida doméstica também chata, tudo o que esse cidadão quer é ligar a TV ou ler sua revista preferida e não ver chatice. É pedir muito?
Olha, conselho de amigo (e conselho já outra coisa bem chata): para crescer nessa profissão, seja chato. Não seja o cara bacaninha que quer agradar a todos e ficar bem com todo mundo. Não seja o cara que diz que tudo está bom só para evitar o embate e ganhar sempre o melhor presente no amigo-secreto. Pois o sujeito, seja ele seu dupla de criação ou um fornecedor, que não entende que as chatices que você fala são também para melhorar o trabalho dele e fazer você dois progredirem é um idiota. E não é seu parceiro.
Essa coisa toda sobre ser chato não serve só para o criativo. É preciso ter também o atendimento chato (ok, foi uma redundância...). Mas chato, não no sentido de encher o saco da criação, mas de mostrar ao cliente o quanto é importante sempre fazer um trabalho diferenciado e cuidadoso com produção. Pois pior do que tudo isso é quando um cliente vai embora, porque outra agência o encantou mais. Isso sim é muito chato.
Edgar Cardoso é redator publicitário da Griffo Comunicação. É formado em Propaganda e Marketing pela ESPM-SP. É especialista em Marketing pela FGV. E é chato. Muito chato. edredator@yahoo.com.br
chato? chatão, ainda bem.
ResponderExcluirPoderiamos fazer o clube dos chatos e fazer nosso próprio amigo invisível, com direito a toda quela chatisse de dizer: "meu amigo invisível é um cara muito chato no dia-dia, mas no fundo é uma amor de pessoa". Eca!
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